Não sou supersticioso.
A não ser em jogos do Corinthians, onde sentar no mesmo lugar e usar a cueca estampada com o logo do Timão foi útil nas últimas conquistas e não pretendo alterar.
Mas coincidência ou não, no ano em que passei a virada de ano todo de preto, fui acometido por uma sequência de moléstias ao longo dos 365 dias subsequentes.
O ano de 2008 não havia sido dos melhores para mim, razão pela qual optei por "chutar o balde" e passar todo de preto a virada para o 2009.
O ano de 2009 me foi péssimo no que tange à saúde.
O velho problema da garganta que há anos me acompanha até passou despercebido.
Mas sofri com duas faringites que me derrubou na cama.
Uma delas, bem no 1º jogo da final do Paulistão do Corinthians contra o Santos. Assisti ao golaço do Ronaldo numa televisãozinha de 14'' no quarto da minha mãe, deitado na cama tentando decifrar o que acontecia naquele chuviscado na tela.
O momento do gol por cobertura a TV melhorou, como que os deuses do futebol agissem para que este pobre enfermo pudesse acompanhar aquela "pintura".
No 2º e decisivo jogo, já melhor, não arrisquei e fiquei em casa, perdi a comemoração.
Mas as doenças não pararam por aí.
2009 foi o ano que me descobri portador de uma doença inflamatória crônica que me flagelou (e ainda flagela) com dores nas costas que nos melhores dias eram suportáveis.
Um calvário entre médicos das mais diferentes especialidades até encontrar, em um reumatologista, o diagnóstico e o tratamento que aliviou um pouco meu sofrimento.
A automedicação para aliviar as dores nas costas antes do diagnóstico levou ao surgimento de espinhas horrorosas no rosto que só desapareceriam após 6 meses de tratamento intenso com Roacutan.
E para encerrar o ano de doenças, na última semana daquele ano me descubro com o que foi diagnosticado (e tratado) como um princípio de hemorroida.
Continuo 100% cético em relação à superstições, mas por via das dúvidas nunca mais passei de preto.
E não o farei este ano!
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