sábado, 1 de dezembro de 2012

Com o giz na mão

Muito mal comparado, podemos estabelecer uma relação entre Conselho de Escola e o STF.

A Diretora da escola faz o papel do Presidente; os professores são os demais ministros e os alunos, os "réus".

O "crime" a ser julgado: a insuficiência de notas.

Julgamos tudo: atenuantes, agravantes, reincidência, boa conduta, ... Para então, darmos o veredito de reprovado (culpado) ou aprovado (inocente) e/ou aplicar-lhes as penas: retenção (regime fechado) ou exame (pena restritiva de direito).

Mas não pensem que é divertido ou fácil.

Trata-se de uma reunião extremamente desgastante onde discutimos entre nós o destino dos alunos (pedindo vênia pelas opiniões contrárias) e por decisão em conjunto, tomando as medidas necessárias.

O que todos alunos e pais deveriam saber é que tudo o que o aluno fez ao longo do ano é levado em consideração. Variáveis como esforço, disciplina, dificuldade, interesse, comportamento, dentre outras, de cada aluno é argumentado à exaustão.

Mas o que a maioria vê é o resultado final, a aprovação ou retenção do aluno como se a decisão tivesse sido tomada sem embasamento ou discussão.

Casos gritantes de alunos que ficam de exame em 10 ou 12 disciplinas são de fácil decisão, porém os casos de alunos que ficaram em 4 ou 5 disciplinas, grande parte por meio ponto, há que se considerar se o aluno não merece a chance de fazer prova de exame e assim tentar obter a nota necessária para a sua aprovação.

Participo de conselhos desde que comecei na docência e sempre alerto os alunos para que façam um planejamento ao longo do ano das metas necessárias à aprovação. E sempre lhes explico como funciona o conselho e como serão avaliados por nós todos ao final do ano.

Mas mesmo assim, alguns alunos preferem para na última hora prometer que vai mudar de comportamento caso tenha uma 2ª chance. E se algum aluno estiver lendo este blog pode acreditar, nós não acreditamos nessas promessas.



A série a série "Com o giz na mão" entra, assim como os alunos e professores, de férias escolares. Retornando em fevereiro de 2013 (salvo fim do mundo). O Blog continua...

Até lá.

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