domingo, 23 de dezembro de 2012

Experimente almoçar em shopping nas vésperas do natal.

Sobrevivi, porém não livre de sequelas, a mais uma edição das compras de fim de ano da família na cidade de Ribeirão Preto.

Não vou falar do calor infernal, do trânsito caótico e da peregrinação em lojas.

Falarei apenas sobre Shopping Center.

Com outros 363 dias no ano para ir ao shopping, minha família escolhe, tradicionalmente há anos, os dias 23 ou 24 de dezembro.

Evidentemente, os Shoppings centeres estão completamente lotados. Todos! Até aquele do centro

E todas as lojas lotam. E todos os estacionamentos lotam. Parece que cada pessoa foi em um carro e a procura por vaga quase acaba em guerra civil.

Mas o que mais me irrita em shopping nesta época do ano, é a praça de alimentação.

E encontrar mesa vazia na praça de alimentação vira um exercício à paciência. Principalmente para quem, como eu, que desgarrei da família para me alimentar, fiquei sozinho na mesa.

Quando meu n° apareceu no visor do restaurante, indicando que meu pedido estava pronto, fiquei na dúvida: se eu levantasse, corria o risco de perder a mesa que, por horas procurei e só consegui porque fiquei varejando entre os consumidores, olhando seus pratos de comida para tentar deduzir qual deles estava próximo de se levantar.

E espreitando consumidores e seus pratos, consegui uma mesa na qual tive de conviver com pratos empilhados e restos de comida porque o pessoal da limpeza, atolado em serviço, demoraram limpar.

Pensei em deixar a carteira sobre a mesa, gesto universal de quem aquele lugar está reservado, mas havia o risco, e a certeza, de que poderia ser roubada.

Outra hipótese, colocar cadeiras viradas em cima da mesa, mas não sei se a administração do shopping aprovaria.

O jeito foi levantar e ir até lá e, ao voltar, ver o que eu já sabia: havia perdido o lugar. Fiquei varejando novamente, desta vez com um prato de talharim com camarão com tempero de ervas finas e filé de salmão grelhado, nas mãos sem poder comer, e espreitando novos possíveis locais onde seus ocupantes estivessem prestes a sair.

Ainda que corresse o risco de ter de almoçar em meio à  pilha de pratos e seus respectivos restos de orgânicos que outrora alimentou famintos consumidores e agora jaziam ali como símbolo do desperdício.

Minha vontade era sentar no chão e ali mesmo devorar meu prato que, a propósito, começava a esfriar.

Felizmente encontrei um local e pude desfrutar da minha merecida refeição calmamente.

Se você é homem e acompanha sua família nas compras natalinas em Ribeirão Preto nos dias que antecedem o Natal, receba minha solidariedade e meus respeitos.

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