segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Zero onze catorze zero meia.

Quem não se lembra das facas Ginsu?

Das meias vivarina?

Dos óculos ambervision???

Por favor leitor e leitora que nos anos 90 ainda não se entendiam como gente, procure algum blog mais sua cara.

Muitos antes da polishop, uma outra empresa do ramo de telemarketing já explorava a curiosidade dos expectadores com produtos revolucionários.

Interessados, bastavam telefonar para 0 11 1406.

A fórmula era a mesma: produtos incríveis + propaganda instigante + frases de efeito.

As frases eram demais: "Você terá o sensacional, o revolucionário...", "por um preço que cabe no seu bolso", "mas não é só isso, você também, receberá inteiramente grátis...".

E tinha ainda os "testemunhos" de supostos usuários que, com uma dublagem horrorosa e fora de sincronia, mostravam-se 100% satisfeitos.

Para quem não sabe, as Facas Ginsu eram facas com um poder de corte sobrenatural. Na propagando elas cortavam canos inox, pregos e ainda assim mantinham o corte que, segundo os anunciantes, não perdia o fio jamais.

Acabava de cortar uma latinha de cerveja e cortava um peixe enorme em segundos.

As meias Vivarina eram meias calça que não desfiavam. A propaganda mostrava um gato com as patas na perna da mulher para provar isso.

Na mesma propaganda, uma bexiga sobre a meia era estourada com um prego e ainda assim, não furava o tecido.

E os óculos ambervision eram óculos especiais para quem quisesse dirigir à noite sem que luz e claridade dos carros vindos na direção contrária lhe atrapalhasse a visibilidade.

Penso que a grande venda deles se dava por este motivo: curiosidade. Ninguém comprava por necessidade, mas só para saber se era verdade o que a propaganda dizia e com isso vendiam milhões.

Por falta dinheiro e coragem, deixei de comprar na época as lendárias facas Ginsu e as meias Vivarina e assim fazer uma experiência: qual dos dois seria superior? A faca que tudo cortava ou a meia que nada a rasgava?

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