terça-feira, 22 de maio de 2018

Reencontrando Cortella.

Desde os tempos que PUC/SP - e lá se vão 6 anos - eu não via o Prof. Mário Sérgio Cortella ao vivo.

Quando entrei no Mestrado na PUC/SP, ele já era obviamente o professor brilhante que encantava seus alunos e àqueles que o assistia em programas da TV Cultura ou no Canal Livre, na Band.

Mas não era o Cortella com fama nacional, cultuado e admirado por um público maior do que pode se supor para um... filósofo.

A fila ontem para sua palestra na Feira do Livro 2018 em Ribeirão teve, por baixo, uns 5 quarteirões.

Cheguei às 16:30h (a palestra começaria 19:30h) na esperança vã de pegar meu ingresso e comprar o mais recente livro dele e tentar ganhar um autógrafo ao final da palestra.

Ao me ver no lugar 194 da fila (sei disso pois frequentemente passavam monitores contando as pessoas na fila para - tentar - controlar pessoas que a furavam) me fez mudar os planos. Minha esperança vã agora era pegar meu ingresso, correr na Feira e comprar o livro.

Eis que só começaram a distribuir os ingressos às 18:30h, e ainda assim, nos encaminhando para uma 2ª fila, que organizaria nossa entrada no Theatro Pedro II, cuja lotação esgotada obrigou a Organização do evento a montar uma tenda na esplanada com transmissão ao vivo por telão.

Só havia visto isso antes em Copa do Mundo.

Cumpro todo a logística na esperança vã de que haveria venda de livros lá dentro, e assim compraria para pegar autógrafo e foto.

Theatro lotado.

Eis que entra o Prof Cortella de muleta, em razão de uma fratura no joelho que lhe renderá cirurgia na semana que vem, como o próprio nos informou.

Aí a palestra é o Cortella sendo Cortella. Nada a acrescentar.

Salvo uma informação de que um evento hoje que contará com a presença dele, de Leandro  Karnal e de Luis Felipe Pondè (e ao anunciar a banca do evento a o Theatro todo fez: "óóóóóó") em São Paulo, já com lotação esgotada, contava com gente esperando na fila há mais de 1 dia, além de uma lista de espera de 27 mil pessoas.

O que me prova que esse país ainda tem jeito, pois se criticamos que jovens ficam dias em fila para ver Justin Bieber, outros tantos fazem o mesmo para ver 3 Pensadores Pop Brasileiros.

Mas voltemos à minha saga rumo ao Professor perdido.

Como não consegui comprar o livro, fui só para tirar a foto mesmo, em outra fila gigantesca para subir ao palco e fazer a foto.

A Organização informa, e o Cortella reforça, que as fotos seriam feitas por fotógrafos oficiais, para evitar selfies.

E com razão, imagina se cada um que tira foto pede uma 2ª porque a 1ª não ficou boa e uma 3ª "pra garantir"? Provavelmente ele estaria lá até agora.

Curioso como nos tempos de PUC/SP nunca tirei uma foto com ele. Talvez porque pra nós era uma presença "normal".

Tão normal que minha orientadora, que tinha por ele um carinho enorme, sempre o chamava de "Mário", quando a ele se referia. E eu, sempre próximo a ela, comecei também a chamá-lo de "Mário", quando dele me referia.

Até achar que estava ficando pedante, e juro que não era, mas afinal salvo parentes e amigos muito íntimos, todo o Brasil o chama de "Cortella", e um professor rastaquera avocando para sim uma intimidade que não tinha.

Pensei em relatar esse fato a ele, perguntar se me daria autorização para continuar chamando-o de Mário, mas nos poucos segundos de foto não daria.

Limitei a dizer que fui seu aluno, coisa que ele educadamente "se recordou"; disse-lhe do prazer de revê-lo, fiz a foto e fui embora.

Não sem antes dar um jeitinho...

A foto só vai estar disponível no Feicebuqui oficial da Feira do Livro a partir de hoje, então pedi a uma moça atrás de mim na fila que fizesse fotos enquanto eu conversava com ele. Assim teria registro próprio e não atrasaria a fila.

Resultado são as fotos abaixo. 

A foto "oficial", quando (e se) eu achar no Feicebuqui oficial da Feira do Livro, eu posto para vocês.






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