segunda-feira, 30 de abril de 2018

Esquerda x Direita - 2ª Parte.

O tempo passou e os termos Direita e Esquerda nascidos no século XVIII começaram a ser aplicados nos partidos, correntes de pensamento, ideologias nascidas e/ou desenvolvidas desde então.

Durante a I Guerra Mundial, o Partido Comunista na Rússia por meio de uma Guerra Civil chega ao poder Russo destituindo o Czar Nicolau II.

O mundo então conhecia a primeira experiência prática de um Governo Comunista baseado, em princípio, nos ideais Marxistas.

O exemplo Russo influenciaria adeptos do Marxismo mundo afora, com a criação de vários Partidos Comunistas em países como Itália; como a China, onde uma Revolução Comunista levaria ao poder Mao Tsé Tung; no Brasil, mesmo clandestino e sufocado após uma frustrada tentativa de Golpe liderado por Luís Carlos Prestes (o que pode ser melhor conhecido no livro "Olga").

Destas experiências e influências nasceram inúmeros partidos Comunistas e Socialistas que, dentro do maniqueísmo nascido na Revolução Industrial, se apresentaram como partidos de esquerda, ou seja, contrários à elite e à manutenção do status quo.

Ao mesmo tempo, Regimes Totalitários surgiam na Europa:

Na Espanha, a Ditadura de Franco, em Poprtugal a Ditadura de Salazar, na Itália o Fascismo de Mussolini e na Alemanha, o Nazismo de Hitler.

E na América, com Getúlio Vargas.
 
Estes Governos eram representados por partidos que pregavam um governo central forte, ditatorial e contra qualquer foco revolucionário sobretudo de origem comunista.

Partidos que se apresentaram como representantes da Direita.

E da costela destes partidos, inúmeros outros nasceram após a queda destas ditaduras, como por exemplo no Brasil.

O conceito de Direita e Esquerda ganha novos contornos durante a Guerra Fria (1945 - 1989).

O embate entre EUA x URSS pela hegemonia político econômica no mundo dividiu o Globo em Capitalistas x Socialistas, ou numa abordagem simplória: Direita x Esquerda.

No Brasil, a ascensão das ideias de esquerda sobretudo nos meios acadêmicos foi responsável por criar um arcabouço teórico que levou muito da intelectualidade brasileira a aderir ao Marxismo.

Era chique ser de esquerda e pejorativo ser de direita.

Mas a História é cíclica e, com a mesma moeda cara que custou o 1º mandato do Lula, quando o Collor o acusava de ser Comunista, causando o medo do povo Brasileiro levado a votar no candidato da Direita; Lula usufruiria na eleição de 2002, acusando Serra de ser Neoliberal e agora, acusando seus opositores de serem Fascistas.

A mesma arma usada contra ele nos anos 80, ele usa agora contra seus adversários, valendo-se da ignorância de boa parte da população que, desde a eleição de 1989 continua suscetível a este tipo de argumento mesmo sem conhecê-lo.

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