quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Mandado judicial é mais um capítulo na Seleção Simplificada 02/2015.

E não é que a polêmica  envolvendo o Processo Seletivo 02/2015 (aqui) teve mais um capítulo?

Um Mandado de Notificação expedido ontem pelo Foro de Ipuã concedeu liminarmente que houvesse a continuidade da lista de classificação sem a recontratação de candidatos, vedando a "participação de temporários já contratados pela Administração Municipal, cujo vínculo haja sido rompido há menos de 6 (seis) meses".

Em outras palavras: É para seguir a lista da simplificada de onde ela parou, não é porque foi prorrogada que a lista retorna ao seu início, como estava no projeto enviado pelo Prefeito à Câmara e votado por unanimidade dos vereadores.

Nem preciso ser advogado para entender que: Não é porque o Processo Seletivo foi prorrogado que a lista volta ao início. Assim fosse, Concurso prorrogado também teria de ser feito dessa maneira, e não é.

O argumento usado para "retornar" a lista ao seu início foi o da meritocracia. Em tese, os primeiros colocados estariam melhor preparados, portanto, garantiria uma melhor qualidade ao ensino público municipal.

Não vou entrar no mérito desta questão, que tendo a concordar, com algumas ressalvas, com essa tese.

Meu questionamento é que não é possível que com Diretores de Departamentos, Secretário Jurídico, Chefe de Sessão de RH, Chefe de Sessão de Licitação, Diretores de Escola, Lideranças partidárias experientes,... com toda essa gente ao redor do Prefeito, não houve uma única pessoa para lhe aconselhar: Quer contratar os melhores classificados? Faça um novo Processo Seletivo!

Não houve ninguém para desconfiar - e participar da desconfiança com o Prefeito - que, prorrogar a Seleção Simplificada poderia trazer problemas de natureza jurídica? Aconselhá-lo a realizar um nova Seleção?

Ou se houve, por que ele não ouviu e acatou?

Não sei as razões da prorrogação do referido Processo Seletivo ao invés da realização de outro. Não sei se por motivo de economia ou por receio de problemas na justiça, como já ocorreu em outras ocasiões.

Se foi por economia, deveriam entender que às vezes um gasto necessário e justificável é mais barato que uma boa noite de sono; se foi por por receio de problemas com a justiça, parece que não deu muito certo.

Melhor seria fazer outro Processo Seletivo Simplificado.

Um comentário:

  1. Orandes, o Processo Seletivo não foi prorrogado pois a vigência do mesmo findará em maio deste ano. Logo, não se poderia inviabilizar um Processo Seletivo enquanto seu tempo de duração ainda vigora. Mas, fazer o certo no final do período letivo - realizar o Processo Seletivo antes do mês de dezembro, para assim termos profissionais habilitados no início do ano subsequente; realizar atribuição de classes e aulas no final do período e antes de entrar o Recesso Escolar, para que assim possam iniciar-se as aulas sem que alunos fiquem prejudicados com a falta de professores - não é interessante, afinal, para alguns "trabalhadores" do Paço e vereadores, os professores somos "um bando de desocupados e vagabundos que não trabalham certinho".

    P.S.: A construção "[...]os professores somos [...]", para os leigos, chama-se Silepse de Pessoa, uma figura de linguagem e, portante, correta, mesmo que pareça estranha.

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