E quem serão os candidatos a Prefeito em Ipuã?

Com a mudança do calendário eleitoral, jogando para agosto a definição dos partidos sobre as candidaturas, o eleitorado Ipuanense cada vez mais se pergunta: quem serão os candidatos.

Os eleitores, acostumados à definições no final de junho, não conseguem segurar a ansiedade causada pela nova data, que postergou em 1 mês a data tão esperada a cada 4 anos.

Mas afinal, quem serão os candidatos?

Se é verdade que os partidos evitam antecipar a campanha, com ninguém se dizendo pré candidato, tal indefinição dos nomes não resiste a uma análise um pouco mais objetiva.

Nenê Barriga/PMDB:

Evidente que é candidato a reeleição.

Seria inconcebível um partido que, na chefia da administração municipal não lançasse candidato o atual titular da vaga.

As filiações recentes feitas como alternativa não passaram de balão de ensaio, para uma eventual declinação do Prefeito, ou uma possível opção para vice, o que acho também improvável.

Ao contrário da eleição passada, Nenê Barriga contará nesta com dois fatos novos, que somados decidirão seu sucesso ou não.

Se na outra eleição ele era um candidato inexperiente, nesta ele conta com um cartel de obras para mostrar, apresentando-se como um candidato com certa bagagem. E se na outra não contava com rejeição política, nesta campanha ele apresentará a rejeição inevitável de quem assume um cargo que invariavelmente agrada a uns e desagrada a outros.

Itamar Romualdo/PPS:

Com uma posição privilegiada por ser o único nome disponível no partido com cacife para disputar uma contenda eleitoral, Itamar adiará ao máximo sua decisão.

Quem o conhece sabe do mantra que ele repete à exaustão: "Eleição não se antecipa". Portanto eleitores (prós e contras), apenas no final de julho, começo de agosto (a data é entre 20/07 a 05/07) será oficializada sua decisão.

Pesa contra sua candidatura o bom andamento dos empreendimentos, a nova rotina de família, viagens e boa saúde; pesa a favor, o sangue que ferve nestas épocas, o clamor de parte do bom eleitorado que dispõe, o já citado cacife eleitoral que nem o mais otimista adversário desconsidera e uma eleição mais curta (menos desgastante).

Leonardo Nascimento/Solidariedade:

Também reluta em se dizer pré candidato, o que ao meu ver é um erro, pois não vejo outra opção pro Léo a não ser, ser candidato.

Refugar depois de ter se preparado por 4 anos, fazendo alianças, abrindo partidos, filiando eleitores, buscando apoio de correligionários, seria suicídio político.

Recentemente, a sinalização de que o PSDB (partido que eu pensava que ele estivesse filiado) lhe será coligado deu um gás novo na sua candidatura.

O discurso do Léo parece pronto: o da mudança.

Único candidato a não ter experiência em mandato eletivo, Léo Nascimento pode ser a opção da parcela do eleitorado que não aguenta "os mesmos", que rejeita o FlaFlu eleitoral que pela 4ª eleição se desenha em nossa cidade.

Pessoas cansadas com o eterno embate 15x23, poderiam encontrar numa dezena mais distante, 77, a opção para sua representatividade.

Concluindo:

Ipuã pode ter 3 candidaturas sérias, ou no mínimo duas, caso haja alguma coligação entre os 3 nomes acima citados, o que me parece improvável, mas em política nunca se sabe; mas o bom é que afasta a conversa, que se ventilou na cidade, de candidatura única.

Qualquer outra candidatura a prefeito que não seja nos nomes acima citados é para mim uma aventura inconsequente sem a menor chance de êxito.