sábado, 11 de junho de 2016

Com o giz na mão.

Felizmente já recebi vários elogios em sala de aula, por parte de alunos e alunas.

Um em especial, recente, tem me provocado reflexões, o que é raro, afinal reflexões são mais frequentes quando se é criticado e não elogiado.

Disse, mais ou menos, uma aluna em meio a uma aula: "Você consegue transformar um assunto complexo, em um bate papo, uma conversa informal".

Partindo do princípio que "comunicação não é o que você fala, mas o que os outros entendem", então, transformar algo complexo numa conversa informal, e sem depreciação, numa mesa de bar, talvez seja a real finalidade daquele que se propõe a ser professor.

Facilitar o entendimento de um conteúdo complexo, tornando-o mais acessível aos alunos para que estes também possam compreendê-lo, não prescinde de um bom português, de um bom vocabulário, de exemplos plausíveis e, evidentemente, do respeito ao conhecimento construído a ser compartilhado.

Tornar um conhecimento complexo mais acessível não é banalizar, fazer de maneira fácil não é fazer mal feito e ser simples não é ser simplório nem comum.

Como bem disse Mestre Toquinho em um  show a que assisti há alguns anos, ao comentar sobre como ele e seu parceiro Vinícius de Morais compunham músicas infantis simples, mas de grande sucesso, comentou: "fazer o comum é fácil, mas fazer o simples é muito difícil".

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