quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Educação Especial é, de fato, uma carreira Especial.

Nenhum candidato animou-se em disputar uma vaga no Concurso Público de Ipuã para o cargo de Diretor do CEARNE (antigo CEARDI), Centro de Reabilitação do Portador de Necessidades Especiais.

O que me estranha é que mesmo que tal cargo tendo sido ocupado por uma dezena de pessoas, nenhuma delas animou em pleitear tal vaga.

Além da referida escola, a rede municipal contará também com Professor de Educação Básica 2 (PEB 2), para atuar tanto nas escolas como no já citado CEARNE.

Apenas 5 professores animaram em disputar a vaga.

Tal dado, mas que estatística, me parece mostrar uma tendência triste de cada vez menos, docentes e gestores optam pela, Educação Especial.

E trata-se de uma carreira especial.

O "especial" que o emprego traz em seu nome não se refere apenas ao trato com crianças portadoras de necessidades especiais, mas ao "algo mais" que a pessoa precisa ter para lidar com estas crianças. Como cada um define este "algo mais" à sua maneira: amor, carinho, atenção, dedicação, etc... As pessoas que se dedicam a estes alunos são, na verdade, Especiais; na acepção primeira da palavra.

Por entender que esta modalidade de ensino é fundamental dentro do sistema educacional, eu pensaria em como fazer para modificar esta realidade.

Salário diferenciado? Plano de carreira específico? Incentivo à formação de professores para Educação Especial? Capacitação dos profissionais efetivos?

Essas e outras questões precisam ser debatidas com alguma urgência.

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