sábado, 7 de março de 2015

Com o giz na mão.

Março é mês de provas.

E afinal, para que servem as provas?

Durante muito tempo acreditei que prova servia para, como o nome diz, provar ao professor que o aluno aprendeu.

Serve para decidir quem deve e quem não deve ser o merecedor do prêmio final, a aprovação.

Hoje vejo que esta é uma visão simplista da avaliação (nome muito mais carregado de significados), achar que esta sirva apenas para separar o joio do trigo (ainda que eu nunca tenha visto um joio na vida, mas como vi o trigo, deduzo que o outro grão seja ele).

Avaliação nos presta um papel relevante, o de conhecer as deficiências do aluno e de posse de tal informação, adotar outras estratégias para conseguir fazê-lo compreender.

Avaliação serve antes de tudo, como um instrumento de reflexão da prática docente, de correção ou manutenção de caminhos metodológicos, de práticas do dia a dia, de questionamento curricular.

Ou seja, avaliação contribui na práxis educacional.

Por isso sou contra ranqueamentos, contra aluno ser reprovado por causa de 0,5 ou mesmo 1 ponto em uma ou duas matérias, contra o uso da avaliação como instrumento de coerção ("vocês vão ver na prova"), contra provas montadas em cima do que se espera que o aluno não saiba e não do que se espera que ele saiba, ...

Não que eu seja contra aluno ser aprovado sem saber, acredito que o aluno que não obteve um mínimo necessário de rendimento para o prosseguimento de seus estudos deve refazer a série para desta forma poder amadurecer e avanças nos estudos. Inclusive já vi muitos casos assim, de aluno que após uma reprova "tomou juízo" e passou a levar mais a sério os estudos.

Apenas não vejo reprova como instrumento didático.

Mas esta é outra - e longa - história.

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