Para quem assim como este que vos escreve, não viajou, as férias foram uma rotina.
De maravilhosa rotina, diga-se de passagem.
Dormir e acordar tarde, assistir TV sem ter nada para assistir, ficar na internet o dia todo, tocar violão a hora que desse vontade.
Mas como não há bem que pra sempre dure, a carruagem virará abóbora nesta semana.
Pelo menos no trabalho, onde volto à rotina deliciosa de professor. Sem ironia. Gosto da rotina de professor.
Esta será a 17ª vez que entro em uma sala de aula pela 1ª vez, que me apresento e sou apresentado aos alunos, que começo um trabalho.
E digo a vocês: será a 17ª vez que vou sentir aquele frio na barriga no intervalo de tempo entre entrar na sala e dizer "bom dia".
Depois passa o frio e a ente liga o piloto automático e vai embora.
Ouvi Fernanda Montenegro dizer em uma entrevista que em cada estreia de peça ela sente o mesmo frio na barriga que sentiu na primeira vez que pisou em um palco.
Ora bolas, se a mais importante atriz brasileira sente, estou liberado.
Neste ano com algo especial, um novo lugar, como novas turmas e começando escrever uma nova história, que espero tenha o mesmo resultado que tantas outras já escritas.
Curioso como a volta às aulas traz essa sensação gostosa de que, mesmo depois de 16 anos dentro de uma sala de aula, a impressão é a de que se está começando hoje.
E me desculpem a expressão, mas começo o ano letivo de 2018 com o mesmo tesão que comecei lá na minha primeira vez numa sala de aula em 2000.
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