quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Exonerados e "Retornados".

Vários servidores municipais foram afetados pela Lei 3.680, que extinguiu quase 4 dezenas de cargos comissionados (os chamados cargos de confiança) e mesmo sabendo há pelo menos 6 meses que o fatídico dia 15 de setembro chegaria, ainda assim faltou planejamento.

Era de se esperar que, ao extinguir estes cargos, outro concurso já estivesse em andamento para preencher cargos vitais para a Administração, como os de Diretor de Escola, por exemplo.

Os quase 40 servidores ocupantes dos cargos extintos se dividiram em: exonerados e "retornados".

Exonerados foi o caso do servidores que não eram concursados da Prefeitura e, com a referida lei, tiveram que deixar seus cargos no serviço público.

E "retornados", os servidores que, já pertencentes ao quadro efetivo municipal, onde estavam nomeados para ocupar algum dos cargos em comissão - doravante extintos - e que agora tiveram que volta aos empregos de origem.

Curioso é que alguns destes, prestarão serviço no mesmo lugar que outrora foram chefes. Certamente para continuar exercendo as funções que antes faziam, com a diferença de não mais estarem investidos nos cargos de confiança, nem receber o salário de antes, mas o salário do emprego de origem acrescido das incorporações legais.

Em resumo: continuarão fazendo a mesma coisa mas sem o título de chefe (ou diretor, supervisor, etc...) e, obviamente, sem uma boa parcela do salário.

O problema é que está é uma ideia com prazo de validade curto.

Durante os primeiros meses tal situação agradará aos envolvidos, afinal melhor continuar fazendo o que se fazia antes, mesmo que com menor salário, que voltar ao emprego de origem.

Até que um dia a pessoa para e (com alguma variação na frase entre os diferentes servidores) pensa: "Tenho este monte de responsabilidade, resolvo problemas, tendo dor de cabeça nesta função para ganhar apenas isto? Melhor voltar pro meu emprego, que ganharei a mesma coisa e terei menos problemas".

Apostaria o dinheiro de alguém que a maioria raciocinará assim após 6 meses desta nova realidade no funcionalismo público ipuanense.

Como resolver?

Concurso público urgente.

E aqui que volto ao começo do texto.

É sabido há 6 meses que este dia chegaria e ainda assim nenhuma (pelo menos eu desconheço) mobilização foi feita para a abertura de concursos.

De 3 alternativas, uma deve ser a correta:

1. Alguns destes cargos não eram de muita serventia a ponto de serem prescindidos de servidores para ocupá-los.

2. Falta de planejamento na condução da administração pública.

3. Irão querer arriscar e arrastar esta situação até o final de 2016, deixando a encrenca para o próximo prefeito.

Talvez os fatos recentes que levaram nossa cidade às páginas policiais dos principais telejornais da região tenham criado uma espécie de "concursofobia" na Administração Municipal.

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