sábado, 3 de agosto de 2019

Uma medida interessante. [Há 10 anos].

10 anos atrás, o Bloogueiro comentava um Projeto no âmbito da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que ele achou interessante.

À época, eu concordava com testes usados com intuito de promover aumentos salariais, prática que 1 ano mais tarde, já no Mestrado em Educação: Currículo, estudando Avaliação de Políticas Públicas, pude entender o quão absurda é essa ideia.

Da opinião de 10 anos atrás, mantenho firme apenas a medida contra o absenteísmo, mas avaliar eficiência por meio de prova, já deixei de defender há muito tempo.

Posto esse texto para mostrar como opiniões mudam em razão de uma boa bagagem teórica. E porque não tenho vergonha do que já escrevi e hoje penso diferente, afinal como dizia uma colega diretora: "Só não muda de opinião quem não a tem".

E como bem me ensinava Cortella, "ser flexível é diferente de ser volúvel".


Uma medida interessante.


Você imagina um professor da rede pública do Estado de SP recebendo algo em torno de R$ 7.000,00 mensais?

Pois é exatamente isso que propõe um Projeto de Lei enviado à Assembleia Legislativa pelo Secretário Paulo Renato.

Mas esse "aumento" não é automático.

Ele seria dado gradativamente à medida que o Professor fosse avaliado em testes frequentes realizados pela Secretaria, e sendo aprovado, iria mudando de faixa salarial.

E não é só isso, para ter direito a tal vencimento, o Professor não poderia ficar menos que 3 anos numa mesma escola e tampouco ter faltas além de um número estipulado pela lei (que, acredito, será das 6 abonadas a que já têm direito).

Acho excelente ideia, remunerar bem os professores exigindo como contrapartida eficiência e assiduidade, pois como diversas vezes já defendi aqui neste espaço, o absenteísmo e a falta de avaliação de desempenho, é um dos fatores para os péssimos índices que a educação no nosso país obtém, quando avaliada por órgãos internacionais.

Evidentemente a Lei não obrigará todos os professores de participarem desta avaliação. Os que quiserem continuar à mercê dos reajustes legais (quinquênio, sexta parte e reajustes salariais por decreto do Governador), poderão ficar; só não poderão reclamar no futuro que ganham mal, pois abriram mão de ganhar melhor, certamente por não querer da duas "simples" contrapartidas: melhorar seus conhecimentos para ser bem avaliado e não faltar das aulas livremente.

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