sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Música caipira - O médio sertanejo. [Há 10 anos].

5º Capítulo sobre a História da Música Sertaneja.

Nesse capítulo eu apresentava pela 1ª vez uma classificação criada por mim: o Médio Sertanejo.

Vai que um dia essa nomenclatura se legitima.

Curiosidade: Eu não aceitava o termo "Sertanejo Universitário", apesar de gostar de muitos artistas que assim se denominavam, hoje consigo teorizar sobre ele e aceitá-lo.


Música caipira - O médio sertanejo.

Procure médio sertanejo em sites, livros, teses e não encontrará.

Trata-se de uma teoria muito particular deste blogueiro.

Explico!

Sertanejo raiz ou caipira, é aquele gênero da origem da música sertaneja: marcado pelos temas do campo, a dor da perda da mulher amada, o abandono do homem do campo, etc...

Ritmo marcado pelo uso da viola (às vezes violão) sem amplificações ou instrumentos elétricos de qualquer natureza ou de percussão. Usando como instrumento, arranjos simples e a destreza do violeiro.

O pop sertanejo, de tantas duplas famosas que conhecemos e que se apresentam em festas de peão país afora, é aquele gênero mais romântico, embora vez em sempre arrisca num estilo mais dançante, tentando remontar aos antigos "arrasta pés", mas sempre numa harmonia mais elaborada, com arranjos sofisticados, instrumentos plugados e até orquestras.

A temática é basicamente o amor, geralmente declarações apaixonadas sem contudo deixar claro se a amada está ou não amando-o.

Existe um gênero intermediário, onde os instrumentos elétricos começam a aparecer, porém a temática é basicamente a dor de amor. A mulher que o abandonou, a mulher que o castiga, a mulher que espera de tudo, ainda é a amada dos seus sonhos.

Claro que não só, mas basicamente, músicas de conflitos amorosos, que talvez expliquem o rótulo injusto da música sertaneja como música de corno.

Este gênero não é raiz, mas também não é pop. É um meio termo: médio sertanejo.
Duplas desta "fase" da música sertaneja?

Vê se você conhece algumas: João Mineiro e Marciano, Matogrosso e Mathias, Felipe e Falcão, Gilberto e Gilmar, Milionário e José Rico, Duduca e Dalvan, Chitãozinho e Xororó (em início de carreira), e tantos outros.

Tá bom ou quer mais?

Eis que aparece um novo gênero, chamado "Sertanejo Universitário", que este blogueiro condena veementemente, por ser um rótulo comercial, que nada difere seus adeptos de demais duplas do pop sertanejo.

O que seria "Sertanejo Universitário"? Ninguém até hoje me deu explicações razoáveis.
Mas esta teoria fica para uma próxima ocasião.



Próximo Domingo: Tem mulher na música caipira.

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