Uma proposta de reorganização das escolas Ipuanenses.
Por Orandes Rocha*.
Fui questionado recentemente por um colega
que me perguntou: A cidade precisa de mais escolas?
Obviamente que na qualidade de educador,
minha resposta será sempre “SIM”.
E na qualidade de estudioso de políticas
públicas, sobretudo de Educação, a resposta sempre será um “SIM”, porém
acrescido de um “desde que...”.
O “desde que” em questão, será uma mera
sugestão de um “parpiteiro” sobre a organização física da nossa rede municipal.
Vai que as linhas a seguir não sirvam
reflexão a quem de direito compete?
Escola
em construção no Bairro Santa Cruz.
Sugiro sua transformação em Escola de
Educação de Tempo Integral (ETI) para os anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino
Fundamental.
E transfere os alunos da Escola “Prof Monir
Neder” para esta nova escola.
Caso contrário, se coexistir o “ensino
regular”, como a Educação de Tempo Integral na escola em um mesmo bairro,
haverá uma disputa inevitável por vagas na escola de Educação Integral, por
motivos óbvios, podendo esvaziar a outra escola.
Não tem sentido duas escolas públicas, em um
mesmo bairro, rivalizarem por alunos, ainda que não seja essa a intenção; mas é
evidente que os pais preferirão a escola nova, moderna e com currículo diferente
de tudo o que já vimos na cidade (caso seja mesmo um currículo inovador dentro
dos parâmetros que se espera de uma Escola de ETI).
Escola
Prof Monir Neder.
Sugiro sua transformação em Escola de
Educação de Tempo Integral também, porém para os anos iniciais (1º ao 5º ano)
do Ensino Fundamental.
A escola contaria com salas ociosas com a
transferência das séries finais para a nova escola, além de contar com quadra
coberta e ginásio de esportes próximo.
Escola
Maria Marli Mandrá Lima.
Sugiro sua transformação em Escola de
Educação Infantil – Pré Escola, transferindo o CEPEM do Bairro para aquela
escola.
CEPEM.
Sugiro sua transformação em Escola de
Educação Infantil – Creche, uma demanda urgente no país como um todo e uma das
metas mais ousadas do Plano Nacional de Educação.
Ipuã daria importante passo na redução da
demanda por vagas em Educação Infantil – Creche.
CEARNE.
Atualmente o CEARNE (antigo CEARDI) ocupa o
prédio onde funcionava a Escola Profissionalizante Maria Dalvina Ferreira
Sacardo.
Ainda que a escola conte com invejável
estrutura, ela não foi construída com as adaptações necessárias para atender a
alunos com necessidades especiais, tendo que estas adaptações serem realizadas
como reformas no referido prédio.
Em um cenário ideal, deveria a Administração
Municipal buscar recursos junto ao Governo Federal, valendo da Meta 4 do Plano
Nacional de Educação (que prevê destinar R$9,8 Bilhões para atender tal meta até
2024) para construir um moderno e adequado Centro de Reabilitação para Pessoas
com Necessidades Especiais.
Escola Profissionalizante Maria Dalvina F. Sacardo.
Escola Profissionalizante Maria Dalvina F. Sacardo.
Sugiro sua transformação em EMEB (a atual
Administração já tem experiência em transformação de EMEBs), também mantendo a
justa homenagem à Professora que a denomina (homenagem que infelizmente se
perdeu quando o Ceardi foi transferido para lá) e que atenda a alunos do 1º
Ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).
Escola
Vereador Alberto Conrado.
Algumas das ações sugeridas até aqui,
certamente contribuiriam para uma diminuição no número de alunos desta escola.
A “EMEB Maria Dalvina F. Sacardo” e a “Escola
de Educação Integral Prof Monir Neder” seriam pólos atrativos de alunos desta
faixa escolar. Alunos residentes nos Bairros destas duas escolas, seja pela
proximidade de suas casas, seja pela proposta diferenciada da Escola de
Educação Integral.
Somado ainda a atitude recente da
Administração Municipal de não mais transportar alunos do Bairro Santa Cruz
para estudar na Escola Vereador Alberto Conrado, com toda certeza esta escola
teria suas salas esvaziadas significativamente.
A minha sugestão seria: Transformar a “Ala
Joaquim Amado dos Santos” em Escola de Educação Infantil – Creche, mantendo
obviamente a mesma denominação que homenageia um antigo benfeitor da cidade.
Não deixando salas ociosas e ainda assim
atendendo aos alunos da região central da cidade, além das mães que moram nos
bairros mas trabalham no centro.
EMEB
Lar Escola Orandes Carlos da Rocha.
Continuo achando um erro crasso ter
transformado o Lar Escola em EMEB (pelas razões que escrevi sobre no Blog).
Principalmente pela não alteração da proposta
curricular daquela instituição, que entendo não ser condizente com a proposta
curricular de uma escola de Ensino Fundamental.
Melhor seria tê-la transformado em Creche
(por causa da alta demanda) ou espaço didático pedagógico complementar (atuando
no período contrário), atuando como Escola de Educação de Tempo Integral ligada
à outra escola.
Conclusão:
Bairro Santa Cruz e o “Alto da Cidade”
contariam com Escolas para atender a todas as etapas do ensino: Educação
Infantil (há uma escola sendo construída próxima ao Centro do Idoso), Ensino
Fundamental Inicial e Ensino Fundamental Final.
Bairro Santa Cruz com uma iniciativa pioneira
de Escolas de Educação de Tempo Integral, outra meta contemplada no Plano
Nacional de Educação.
E o centro da cidade atendendo à demanda por
vagas em creches.
Em suma: quase todos os Bairros da cidade
atendidos por escolas nas proximidades, resultando em maior conforto para pais
e alunos e menor gasto com transporte intermunicipal para o Município.
Muitas escolas para a cidade?
Aumento exagerado nos gastos com manutenção e
funcionamento?
Nem tanto.
Vejamos:
As EMEBs citadas já existem e estão em pleno
funcionamento na cidade.
O CEARNE também, apenas seria transferido
para um prédio novo, mas seu gasto com manutenção e funcionamento permaneceria
o mesmo.
As escolas novas (uma de ensino fundamental e
uma creche) já estão sendo construídas, ou seja, irão funcionar de qualquer
maneira.
De novidade mesmo, apenas a escola
Profissionalizante transformada em EMEB
No final das contas, a única escola fora do
plano na cidade, segundo estas minhas divagações, seria a EMEB Maria Dalvina.
E claro, o aumento de gastos com a criação de
duas Escolas de Educação Integral, cujos gastos excedentes seriam cobertos pelo
valor por aluno pago pelo FUNDEB para esta modalidade de ensino (20% a mais que
o valor para escola de ensino regular normal).
Em resumo: teríamos as mesmas escolas, porém
reorganizadas de uma maneira didático-pedagógica mais eficiente.
Uma mudança muito radical?
Alterações drásticas na rotina dos alunos?
Devaneios deste que vos escreve?
Seja como for, uma ideia pra se pensar.
*Orandes Rocha ta sempre inventando alguma
coisa.
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