sábado, 5 de novembro de 2016

Suspeita de "jeitinho" em Campanha Ipuanense.

E o candidato a Prefeito reeleito, que dizia não ser o candidato do "jeitinho", acaba de ter sua campanha varejada pelo MP, em matéria veiculada na EPTV (aqui), justamente com suspeita de ter dado um "jeitinho" na sua campanha eleitoral.

Uma beneficiária do Bolsa Família da cidade, que trabalhou na campanha PMDBista, assustou ao ver seu benefício cancelado pelo motivo de aparecer nas contas da campanha vitoriosa como doadora.

Algo normal, pois existe uma incompatibilidade entre o recebimento do benefício e a doação para uma campanha eleitoral.

Acontece que  garota alega, enfaticamente diante das câmeras, que não foi doadora de nada e o MP desconfia que de fraude para escamotear o número de pessoas que trabalharam na campanha.

Campanha aliás, cuja prestação de contas se encontra aqui, e basta dar uma boa olhada para ver muita coisa suspeita.

A começar do marqueteiro da campanha (chamado de coordenador), que além de não aparecer na relação dos recebedores da campanha, aparece como doador de R$3.000,00. Ainda que nada impeça uma pessoa de se doar a uma causa, trabalhar de graça e gastar do próprio bolso para ver um candidato eleito, para mim seria ingenuidade demais alguém imaginar uma situação destas com alguém sem qualquer vínculo maior com a cidade.

Como é de praxe em visitas da EPTV, o Prefeito não estava na cidade; e de praxe também, o advogado dele também não foi encontrado para manifestar sobre o caso.

"Mais" praxe ainda serão os eleitores dizerem que ele não sabia de nada.

Como no caso da Operação QI, do Gaeco em 2014, onde o roteiro foi rigorosamente o mesmo: Suspeita de fraude - Prefeito ausente - ninguém falou sobre o assunto - deixa como tá pra ver como fica.

Pelo visto a grande marca desta administração tende a ser a vassoura, não para varrer a bandalheira, mas para empurrá-la para debaixo do tapete.

E que cobremos nossos Vereadores, que da outra fez nada fizeram com a desculpa de que o MP já estava apurando.

É impossível ver tantas suspeitas investigadas e não fazer nada sob o "benefício da dúvida", um habeas corpus que a Administração PMDBista usufruiu desde o 1º dia de mandato.

E talvez seja uma boa hora para que o próprio Prefeito reeleito, ele mesmo e não terceirizar na voz de algum assecla, manifestar meia dúzia de palavras sobre o ocorrido.

A plateia agradeceria.

Atualizado às 19:50h: Na relação de despesas da prestação de contas não consta nada. Será que não houve nenhuma despesa com pessoal ou foi excluída após a visita da EPTV?

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