O primeiro comício do ano
revelou duas coisas: Um racha interno na base aliada e a paciência curta do
eleitor ipuanense.
Ao levar algo em torno de 5 dezenas de candidatos para discursar no Bairro Santa
Cruz, o que o comando da campanha queria era apresentar a força de um grupo
unido, mas acabou por revelar um racha, manifestado em discursos onde
candidatos trocaram farpas e acusações entre si.
A "União por Ipuã"
preocupou-se tanto em unir-se a antigos adversários, que se esqueceu de unir os
antigos aliados.
Em seu discurso, o ex Presidente da Câmara, Vereador Nilson Verdureiro, um dos
principais representantes do Bairro, acusou que fora boicotado por duas pessoas
e por isso o Bairro perdeu uma academia ao ar livre.
Não citou nomes, mas quem acompanha as sessões na Câmara sabia que era um
replay de uma discussão acalorada que ele tivera com outro colega sobre o mesmo
tema.
O colega em questão era o também Ex Presidente da Câmara, Arnaldo da Lanchonete, que
chegada a vez de discursar, entre as conquistas que trouxe para Ipuã (e uma
ótima iniciativa: pediu que parassem as brigas, de ambos os lados, na
internet), fez questão de dizer que a pessoa a quem o colega vereador mencionou
era ele e sua esposa, servidora municipal, e então classificou a fala do colega
como infeliz e rebateu que jamais ele e sua esposa boicotaram quem quer que
fosse, inclusive em administrações passadas quando eram oposição.
Mas não desceu do palco sem antes deixar a plateia com uma pulga atrás da
orelha: o vereador criticou um colega vereador tentando reeleição, que estaria
trabalhando pedindo votos para o candidato a Prefeito da oposição. O nome do suposto Silvério? não foi dito.
A noite de discursos
revelaria ainda outra surpresa, o Presidente da Câmara Isaías Romualdo, de
volta ao ninho PMDBista, mostrou que conta com prestígio junto à campanha, com
um tempo muito além do imaginado, recorreu a toda gama de discurso para
justificar a união dos partidos em torno da candidatura de Nenê Barriga, quando
"falta de opção" seria a resposta mais curta.
Chegou a vez do candidato a vice falar, e então o destino revelou seu capricho.
Léo Nascimento foi discursar no exato local em que, há 4 anos, fora acusado,
por muitos daqueles que hoje ostenta seu nome em propaganda eleitoral, de ser
um mau gestor da saúde.
Nenê Barriga indagou à época
que quem não dava conta de cuidar da saúde do município iria dar conta de
cuidar de uma Prefeitura?
Quatro anos depois, crítico e criticado
dividiram palanque pela primeira vez.
E então, passadas das 23:00h, o principal personagem da Campanha começou seu
discurso.
Nenê Barriga levou os lábios ao microfone por volta das 23:15h (olha a união
dos números de novo), quando uma plateia mirrada já não aguentava mais 3 horas
em pé.
O Destino, este Deus caprichoso, revelou novamente sua face cruel.
No mesmo local, há 4 anos, um candidato a Vereador fez troça do comício do
adversário na Capelinha no dia anterior. Disse o candidato na ocasião que havia mais pessoas no caminhão em que discursavam que plateia assistindo ao comício do 23 na Capelinha no dia anterior.
Pois 4 anos depois, foi a vez do Nenê Barriga e sua equipe experimentarem o
dissabor de discursar para meia dúzia de gatos pingados.
Não ouso dizer que havia mais pessoas no palanque que embaixo assistindo, pois
a maioria dos candidatos, terminadas suas falas, desceram do palanque, mas em
20 anos que acompanho política posso afirmar: foi a menor plateia que já vi em
um comício.
Fruto de um erro primário: a ideia absurda de colocar 50 pessoas (incluindo até
coordenador de campanha) para discursar antes do Prefeito, quando o mais
sensato seria dividir os candidatos entre os comícios realizados e, no último,
cada um dos candidatos dar seu recado relâmpago,
Sexta feira próxima o comício
será na Capelinha, quando espera-se que uma boa D.R. evite um 2º round entre os
candidatos a vereadores e uma diminuição no tempo dos discursos, pois a
paciência do eleitor Ipuanense para ter seu prazo de validade vencido.
Continuando assim, corre-se o risco de, em discursos próximos, os candidatos
dispensarem o uso do microfone.
Acho q seria mais viável o Nicola e o Ericlenes parar de frecuraiada antes do comício e já por os vereadores pra falar
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