sexta-feira, 30 de setembro de 2016
O tempo é o senhor da razão.
Do vídeo de que está circulando nas Redes Sociais, vou ficar não com as vaias, mas com o reconhecimento público de um Vereador que sempre criticou o ex Prefeito Itamar Romualdo, inclusive sendo processado por ele na campanha passada, e hoje o classifica como "um grande Prefeito".
O tempo é mesmo o senhor da razão.
O tempo é mesmo o senhor da razão.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
Quem tem boca vaia Roma
Vaia Roma assim como já vaiaram Lula, Dilma, Temer e Aécio Neves.
Vaiados em eventos que podemos questionar a oportunidade, pois ainda que todas as vaias tenham sido perfeitamente justas, foram realizadas em eventos onde eles, anfitriões, haviam gasto dinheiro para realizar a festa onde os vaiadores estavam.
Políticos ipuanenses também já foram vaiados onde não deveriam.
Caso do ex Prefeito Juscelino Maruno, que foi vaiado em atitude vergonhosa da plateia PMDBista, em ocasião da cerimônia da transmissão de posse do cargo em 2001.
Muitos daqueles que vaiaram (ou no mínimo esboçaram um silêncio sorridente) experimentam agora o dissabor de estar do outro lado da vaia, e certamente, diferente daquela ocasião, hoje condenam.
Uma pequena diferença: as vaias de hoje estão no lugar e hora certos de fazê-la.
Em tempo: O Blogueiro, presente na referida cerimônia, pois tomava posse como Vereador, não só aplaudiu o ex Prefeito como condenou, para quem quis ouvir, a atitude lamentável do eleitorado PMDBista.
Na prova dos 9, a conta do Blog está correta.
Noves fora o Blog antigo (aqui), onde permaneci escrevendo por 4 anos; o Blogueiro se dedica ao difícil ofício de parpitar há exatos 9 anos.
Desde o, cada vez mais distante, 25 de setembro de 2007, quando acreditei que haveria meia dúzia de pessoas dispostas a perder seus preciosos tempos digitando o nome do Blogueiro no campo destinado em seus navegadores de internet.
No Blog antigo, mais pobre em ferramentas estatísticas, é impossível precisar, mas neste novo endereço desde 27 de novembro de 2011, foram 1.680 postagens, com um número de visitas total muito além do que jamais imaginei que houvesse.
Claro que a divulgação no feicebuqui ajuda muito, bem como os sucessivos apertos na tecla F5, que desconfio que parentes e amigos fazem só para me agradar.
Seja como for, começamos amanhã a caminhada rumo ao 10º ano de Blog. Uma data inteira, ou redonda como dizem, propícia para reflexões sobre para onde o Blog deve caminhar nos próximos anos ou então, se o Blog deve caminhar nos próximos anos pois talvez seja o momento de parar.
Seja como for, tenho 365 dias para ir pensando nestas coisas, enquanto isso vou escrevendo.
Muito obrigado pela presença de todos vocês!
Desde o, cada vez mais distante, 25 de setembro de 2007, quando acreditei que haveria meia dúzia de pessoas dispostas a perder seus preciosos tempos digitando o nome do Blogueiro no campo destinado em seus navegadores de internet.
No Blog antigo, mais pobre em ferramentas estatísticas, é impossível precisar, mas neste novo endereço desde 27 de novembro de 2011, foram 1.680 postagens, com um número de visitas total muito além do que jamais imaginei que houvesse.
Claro que a divulgação no feicebuqui ajuda muito, bem como os sucessivos apertos na tecla F5, que desconfio que parentes e amigos fazem só para me agradar.
Seja como for, começamos amanhã a caminhada rumo ao 10º ano de Blog. Uma data inteira, ou redonda como dizem, propícia para reflexões sobre para onde o Blog deve caminhar nos próximos anos ou então, se o Blog deve caminhar nos próximos anos pois talvez seja o momento de parar.
Seja como for, tenho 365 dias para ir pensando nestas coisas, enquanto isso vou escrevendo.
Muito obrigado pela presença de todos vocês!
sábado, 24 de setembro de 2016
Capelinha é lugar de gente educada.
Hoje é a vez da Campanha PMDBista levar seus candidatos a discursar no Bairro da Capelinha.
Desde o anúncio de que haveria comício no Bairro, alguns candidatos e militantes revelaram o temor de serem recebidos com hostilidade pelos eleitores locais.
Dois seriam os motivos: o fato do candidato a Prefeito oposicionista e seu Vice serem nacidos e criados no Bairro, portanto com tendência a serem bem votados lá; e a pouca, para não dizer quase nenhuma, obra realizada pela atual Administração, que os moradores do Bairro criticam como descaso com o Bairro.
O temor ganhou ares de exagero, com pessoas dizendo que ovos e tomates poderiam ser atirados ao palanque, ou no mínimo ofensas e xingamentos diversos aos candidatos.
Posso estar muito enganado, mas do que eu conheço dos moradores da Capelinha, jamais tais atitudes seriam tomadas por eles. Trata-se de uma gente ordeira, pacata, de bem e acima de tudo, bem educada.
Pesa o histórico de que nunca na história do Bairro um candidato PMDBista (15) ter vencido a eleição lá, muito pelo contrário, em duas oportunidades a Capelinha decidiu a eleição pesando contra um candidato PMDBista: em 1996 decidindo em favor de Juscelino Maruno e em 2004, em favor de Itamar Romualdo, em ambas as ocasiões, contra Nenê Montanher.
Nas demais eleições em que o Bairro contou com sessão eleitoral própria (desde 1996), nunca um candidato do PMDB conseguiu vencer na Capelinha.
Acredito que dessa vez, pelos motivos acima expostos, não será diferente, mas daí achar que serão agressivos hoje é algo que sinceramente, mais do que não esperar, me decepcionaria se acontecesse.
Não descarto vaias, falta de aplausos ou faixas de protesto; tudo isso justo, lícito e democrático, dadas as circunstâncias locais do Bairro, mas atirar qualquer coisa em qualquer pessoa que seja, mais do que falta de educação, seria um "tiro no pé" de uma campanha que tem pregado a paz e o trabalho voluntário.
Desde o anúncio de que haveria comício no Bairro, alguns candidatos e militantes revelaram o temor de serem recebidos com hostilidade pelos eleitores locais.
Dois seriam os motivos: o fato do candidato a Prefeito oposicionista e seu Vice serem nacidos e criados no Bairro, portanto com tendência a serem bem votados lá; e a pouca, para não dizer quase nenhuma, obra realizada pela atual Administração, que os moradores do Bairro criticam como descaso com o Bairro.
O temor ganhou ares de exagero, com pessoas dizendo que ovos e tomates poderiam ser atirados ao palanque, ou no mínimo ofensas e xingamentos diversos aos candidatos.
Posso estar muito enganado, mas do que eu conheço dos moradores da Capelinha, jamais tais atitudes seriam tomadas por eles. Trata-se de uma gente ordeira, pacata, de bem e acima de tudo, bem educada.
Pesa o histórico de que nunca na história do Bairro um candidato PMDBista (15) ter vencido a eleição lá, muito pelo contrário, em duas oportunidades a Capelinha decidiu a eleição pesando contra um candidato PMDBista: em 1996 decidindo em favor de Juscelino Maruno e em 2004, em favor de Itamar Romualdo, em ambas as ocasiões, contra Nenê Montanher.
Nas demais eleições em que o Bairro contou com sessão eleitoral própria (desde 1996), nunca um candidato do PMDB conseguiu vencer na Capelinha.
Acredito que dessa vez, pelos motivos acima expostos, não será diferente, mas daí achar que serão agressivos hoje é algo que sinceramente, mais do que não esperar, me decepcionaria se acontecesse.
Não descarto vaias, falta de aplausos ou faixas de protesto; tudo isso justo, lícito e democrático, dadas as circunstâncias locais do Bairro, mas atirar qualquer coisa em qualquer pessoa que seja, mais do que falta de educação, seria um "tiro no pé" de uma campanha que tem pregado a paz e o trabalho voluntário.
Setembro em A Voz Ipuanense (versão na íntegra)
Raramente isso é explicado.
Por Orandes Rocha*.
Hoje quero falar de algo que você já deve ter
ouvido falar mas nunca ninguém explicou direitinho. Vou fazê-lo de maneira
simples, coloquial, direta e com exemplo.
Você já deve ter ouvido falar que determinado
candidato a Vereador teve menos voto que outro e mesmo assim foi eleito.
Tudo por causa da tal de legenda ou coligação
favoreceu (“puxou”) um e a do outro era mais difícil se eleger.
Mas afinal, o que é isso?
Tudo começa com o Quociente Eleitoral (QE),
que é o número que determina quantos vereadores cada coligação irá eleger.
É um cálculo feito da divisão do número de
votos válidos para vereador, divididos pelo número de vagas na Câmara
Municipal.
Para facilitar as contas, suponhamos que haja
em Ipuã 9.000 votos válidos para Vereadores; que, divididos pelo número de
vagas na Câmara, nove, daria um Quociente Eleitoral de 1.000 votos.
Significa que: Para eleger 1 vereador,
determinado partido ou coligação deverá ter, somados todos os votos dos candidatos
deste partido ou coligação, pelo menos 1.000 votos.
Somados todos os votos e atingido a cota de
1.000 votos, 1 vereador deste partido ou coligação se elege. Quem? O mais
votado deste partido ou coligação.
Portanto ele não se elege apenas com seus votos,
mas com a somatória de todos os demais candidatos.
Vamos a exemplos:
Suponhamos 7 partidos:
Partido A
(PA)
|
Partido B
(PB)
|
Partido C
(PC)
|
Partido D
(PD)
|
Partido E
(PE)
|
Partido F
(PF)
|
Partido G
(PG)
|
Didi
Luiz
Mauro
Moacir
Maria
Zé
do Posto
Zé Galo
|
João
Edu
Jair
Leão
Magal
Tonho
Roberto
Joana
|
Silveira
Baixinho
Zinho
|
Bertim
Denílson
Edmundo
Leandro
Carlos
|
Aliomar
Marcos
Reinaldo
Ronaldo
Marieta
|
Felipe
Lúcio
Fábio
Fabiano
Nilmar
Robinson
|
Dalva
Davi
Maria
do Toim
Neimar
|
Estes 7 partidos se dividem em 3 coligações:
Coligação 1
PB + PD
|
Coligação 2
PA + PF
|
Coligação 3
PC + PE + PG
|
|||||||
PB
PD
|
PA
PF
|
PC
PE
PG
|
E estes candidatos têm a seguinte votação:
Coligação 1
PB + PD
|
Coligação 2
PA + PF
|
Coligação 3
PC + PE + PG
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Elege
2 Vereadores
Sobra
de 920 votos
|
Elege
3 Vereadores
Sobra
de 350 votos
|
Elege
2 Vereadores
Sobra
de 730
|
A Coligação 1 elegeria 2 vereadores (os 2
mais votados dela: Magal e Roberto) e teria uma “sobra” de 920 votos.
A Coligação 2 elegeria 3 Vereadores (os 3
mais votados Didi, Luiz e Maria) e teria uma “sobra” de 350 votos.
A Coligação 3 elegeria 2 vereadores (Baixinho
e Ronaldo) e teria uma “sobra” de 730 votos.
Totalizando 7 Vereadores eleitos.
Mas são 9 vagas na Câmara Municipal, como
elegeria os outros 2?
Procura-se, neste caso, saber qual coligação
teve a maior “sobra”.
No caso, a Coligação 1, como 920 votos.
Portanto a Coligação 1 elegeria mais um
Vereador além dos 2 já eleitos, que seria quem? O 3º mais votado desta
coligação independente da votação que tenha tido. No caso, a eleita foi a Joana
com 210 votos.
Oito vagas preenchidas, falta uma, que será
tirado da segunda coligação com maior “sobra”.
No nosso exemplo, a Coligação 2, com 730
votos de “sobra”, elegeria seu 3º vereador, o 3º mais votado: Neimar com 400 votos.
Comparem agora a classificação geral por
número de votos e os eleitos graças ao Quociente Eleitoral:
Classificação
|
Candidato
|
Votação
|
Resultado
|
1
|
Magal
|
1000
|
Eleito
|
2
|
Roberto
|
700
|
Eleito
|
3
|
Didi
|
650
|
Eleito
|
4
|
Luiz
|
600
|
Eleito
|
5
|
Maria
|
550
|
Eleito
|
6
|
Robinson
|
500
|
Não
Eleito
|
7
|
Baixinho
|
500
|
Eleito
|
8
|
Ronaldo
|
500
|
Eleito
|
9
|
Neimar
|
400
|
Eleito
|
10
|
Aliomar
|
350
|
Não Eleito
|
11
|
Marcos
|
350
|
Não Eleito
|
12
|
Mauro
|
300
|
Não Eleito
|
13
|
Joana
|
210
|
Eleito
|
14
|
Jair
|
200
|
Não Eleito
|
15
|
Bertim
|
200
|
Não Eleito
|
16
|
Moacir
|
150
|
Não Eleito
|
17
|
Zé
do Posto
|
150
|
Não Eleito
|
18
|
(...)
|
(...)
|
Não Eleito
|
Pelo exemplo imaginado, foi eleita uma
vereadora que ficou em 13º lugar, com metade dos votos de um candidato que
ficou em 6º lugar e com uma votação menor que a de 4 candidatos não eleitos.
Esta é nossa Lei Eleitoral, que com o intuito
de favorecer os partidos pequenos que, unidos, teriam alguma representatividade
com este sistema, acaba por produzir anomalias eleitorais como a do ex Deputado
Dr Enéias Carneiro que, em 2002, teve votação suficiente para eleger a si
próprio e os demais 4 candidatos a Deputados Federais de seu partido (PRONA),
um destes, eleito Deputado Federal com pouco mais de míseros 270 votos.
Também o Dep Tiririca, cuja votação acaba
“puxando” mais 2 ou 3 de sua coligação, que não entrariam não fossem a
expressiva votação do ex palhaço.
Prezado candidato a Vereador, a questão é:
Você tem que torcer para sua coligação eleger 3 vereadores e você ser, pelo
menos o 3º mais votado.
Para isso, ou os mais votados que você deve
ter uma votação gigantesca, e assim te “puxar”, ou os outros que estão com
menos votos que você ter uma boa votação (não mais que você, evidentemente),
para poder somar votos na coligação e assim eleger 3 Vereadores.
Quando você foi convidado te explicaram isso?
E você eleitor? Conhecia essa lei?
Sabia que votando em um candidato seu voto
pode ajudar a eleger outro? Talvez até alguém que você nem goste.
Mas que isso não seja nunca motivo para não
votar em Vereador, mas motivo para você escolher bem em quem votar e em qual
coligação ele está.
Coligações que, diga-se de passagem, são
sempre cuidadosamente montadas pelas lideranças partidárias, sempre visando a
manutenção do poder.
E que seja também um começo para cobrarmos
dos candidatos a Deputados a realização de uma reforma política completa (e não
esse arremedo que só fez diminuir o tempo de propaganda e campanha) que acabe
com aberrações como esta.
*Orandes Rocha acha que a regra deveria se explicada,
pelos líderes partidários, a cada cidadão e cidadã principalmente quando
convidados a se candidatar.
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