quinta-feira, 9 de julho de 2015

Curiosiodades sobre a Revolução Constitucionalista de 32. (Republicação).

01. Os paulistas iniciaram o movimento depois que quatro rapazes foram mortos numa manifestação contra o governo no dia 23 de maio de 1932, na esquina da Rua Barão de Itapetininga com a Praça da República, em São Paulo.

MMDC foi a sigla formada com as iniciais de Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, os quatro mortos.

02. Uma lei promulgada em 2004 acrescentou à sigla MMDC a letra A.

Ela se refere a Alvarenga, sobrenome de Orlando de Oliveira. Supõe-se que o rapaz também teria morrido nos conflitos contra aliados de Getúlio Vargas em 23 de maio de 1932.

A decisão de incluí-lo no grupo de combatentes causou polêmica.

Há dúvidas sobre a data dos ferimentos de Alvarenga. Acredita-se que ele tenha sido ferido apenas em agosto, pois há um espaço de tempo em que seu nome não consta na relação de internos do hospital.

03. A revolução armada começou no dia 9 de julho, mas os mineiros e os gaúchos não mandaram suas tropas para ajudar os paulistas. Por isso, três meses depois de seu início, o governo federal venceu os revolucionários.

A rendição foi assinada na cidade de Cruzeiro (SP). Oficialmente, os paulistas contabilizaram 634 mortos.

Os aviões do governo federal que bombardearam São Paulo eram conhecidos como "vermelhinhos".

04. São Paulo realizou uma grande campanha entre a população para a arrecadação de joias e objetos de ouro. Foi a maneira encontrada para levantar fundos para equipar os 30 mil homens que foram à luta.

As indústrias ajudaram fabricando capacetes e munição. Várias empresas ajudaram os soldados de 1932 com alimentos e roupas. Uma delas foi a cervejaria Brahma, que distribuiu chope para os combatentes.

05. O professor Otávio Teixeira Mendes, do batalhão de Piracicaba, criou um instrumento chamado "matraca". Ao rodar uma manivela, uma roda dentada tocava numa lâmina de aço, provocando um som parecido ao de uma metralhadora.

Como o exército paulista tinha poucas armas, as matracas eram úteis para assustar os inimigos e retardar o seu avanço.

Fonte: Guia dos Curiosos, do jornalista Marcelo Duarte.


06. Durante a Revolução Constitucionalista, o leite condensado da Nestlé é distribuído aos soldados paulistas em embalagens especiais de 80 gramas ilustradas com mensagens de apoio aos combatentes.

Pediam que civis doassem aos combatentes latas já furadas (com pequenos furos, semelhantes aqueles que já fizemos quando criança para poder beber aos poucos) e tapassem os furinhos com papel pois seriam enviados às tropas como alimento prático e nutritivo.

Fonte: Memória do Blogueiro dos tempos da Graduação em História, na Unesp de Franca/SP e confirmado por blog do jornal O Estado de São Paulo, clicando aqui.


07.  Nos tempos de cursinho em Ribeirão Preto, o Blogueiro foi aluno de um professor de Química, atualmente autor de livros didáticos desta disciplina, cujo sobrenome (Miragaia) diziam na escola que tratava-se de um parente de um dos jovens mortos na manifestação que deflagrou o movimento armado paulista.

Fonte: Alguns professores do cursinho daquela época.
 

08. Na divisa entre MG e SP, mais precisamente na antiga ponte do Rio Grande, estrutura metálica ainda hoje com marcas das balas crivadas em seu aço, houve as mais duras batalhas entre mineiros e paulistas.

A razão de tamanha dedicação em combate para vencer o inimigo era uma só: O Estado que perdesse, ficaria com a cidade de Igarapava.

Fonte: Anedotário popular, não xinguem o Blogueiro.

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