Rotina que mantive desde então, com a análise geral da festa após cada encerramento do evento.
Deixei de analisar a Festa nos anos de 2018 e 2019, por que será?
E ano que vem? Será que vou analisar?
Segue o texto de uma década atrás.
Expuã 2009, fechada pra Balanço.
Começo meu balanço com um dado (oficioso) para todos refletirmos.
Rodeio
em Guaíra: sinônimo de qualidade, bons shows, estrutura, rodeio de alto
nível, festa que sempre conta com ótima receita (bons patrocínios,
aluguel de barracas e excelente bilheteria). Uma festa, que já se
anunciou no passado, lucro superior à R$ 100.000,00 e todo ele revertido
à entidades assistenciais.
Pois neste ano, apesar da crise, optou-se por manter a excelência, com shows de renome no cenário nacional.
Fontes
(repito: oficiosas) dão conta de que este ano o lucro da festa foi de
R$ 25.000,00, ainda assim porque a Prefeitura teria pago pelo show do
cantor Daniel.
Sendo
verdade tal informação e levando em conta o valor deste artista, não
tivesse a Prefeitura pago este show, um dos melhores rodeios da região
teria sofrido um prejuízo de R$ 100.000,00.
Agora pense comigo...
A
Expuã, que com receita limitada, já que não pode cobrar aluguel das
barracas por ser festa beneficente, não pode cobrar caro na porta por
questão de política pública de lazer e entretenimento, que não tem bons
patrocínios, sobra pra quem arcar com seu gasto?
Prefeitura,
que sozinha, deve ter desembolsado algo em torno de R$ 200.000,00.
Quantia que estou chutando com base no que já acompanhei sobre esta
festa, como Vereador, Membro da Comissão e Dir. do Depto. de Educação.
Quer dizer, Guaíra com uma mega estrutura dá menos prejuízo que Ipuã numa festa simples???
E olhe que a esta foi simples, imaginem só se o Prefeito tivesse entrado na provocação feita em torno da festa (quermesse e outras besteiras do gênero)
e tivesse agido de maneira inconsequente (como tem muito político por
aí...) e feito uma "festa de arromba" ou irresponsável trazendo a Ivete
Sangalo?
Simplesmente quebraria a Prefeitura.
E
é justamente aí que entra a minha crítica, não à organização da festa,
mas ao modelo de gestão de festas introduzido em nossa cidade e que a
partir de 2002, com a elevação a um novo padrão de excelência, acabou
por se tornar inconcebível.
É
um erro insistir numa equação impossível de ser solucionada: Shows de
grandes artistas nacionais + Bilheteria a preços razoáveis + Festa Beneficente = Prefeitura sem Prejuízo.
Por isso venho insistindo em separar as festas.
Feira
da Bondade, com shows modestos, artistas locais, ingressos a preços
simbólicos ou de graça, realizada na 1ª semana das férias escolares de
Julho e tdas as entidades montando suas barracas.
Expuã
e Rodeio em Setembro, com shows melhores, pacotes um pouco mais caros
(pagos em 3 vezes), aluguel das barracas para àqueles que lá quiserem
fazerem comércio.
Fico
feliz de saber que quando comecei com essa ideia, há 5 ou 6 anos atrás,
era eu sozinho pregando no deserto, e hoje já somos uma meia dúzia.
Longe
de ser dono da verdade ter fórmula mágica, até agora é a única
alternativa proposta até agora para mudar essa gestão de eventos que se
mostra falida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário