Estava escrevendo o artigo
desta edição do jornal A Voz Ipuanense quando relembrei este fato.
Fui procurado certa vez por
algumas diretoras de escola, quando ainda ocupava o cargo de Diretor do
Departamento de Educação querendo saber se haveria algum limite máximo de
alunos para serem reprovados de ano.
Intrigado com a pergunta elas
explicaram que ouviram dizer que as escolas eram classificadas por cores de
acordo com a quantidade de reprovações de alunos.
E que muitas reprovações fariam
as escolas ficarem na "cor vermelha" e por isso me questionavam sobre
uma porcentagem máxima de reprovação de alunos.
Respondi que desconhecia
qualquer classificação da parte do Ministério da Educação ou da Secretaria de
Estado da Educação, únicos órgãos que poderiam nos classificar e/ou admoestar
em caso da escola estar na "cor vermelha".
E mesmo que houvesse, nós não
deveríamos satisfações a estes órgãos sobre decisões internas das quais não
lhes compete sequer opinar.
Minha atitude então foi a
mais sensata possível: Disse que reprovariam os alunos que os professores
entendessem que deveriam ser reprovados.
Sem qualquer interferência da
minha parte.
Trata-se de uma decisão da
escola onde o peso do professor deve ser primordial no resultado final.
Impor limite, porcentagem
máxima de reprovação, serve apenas para estabelecer índices e números
mascarados para oferecer aos cidadãos desavisados e assim fazê-los acreditar
que a educação está melhorando.
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