segunda-feira, 1 de abril de 2019

O Finado Vestibular. [Há 10 anos]

No dia 1º de abril há 10 anos, não era mentira, eu poensava exatamente isso sobre o ENEM.

Soubesse naquele dia o que sei hoje, o texto seria bem diferente.

Segue o texto.


O Finado Vestibular.

Quando prestei vestibular pela 1ª vez, em 1993, eu já me perguntava: Por que não uma prova única onde os candidatos sejam classificados em listagem, também única, onde o 1° escolhe o curso e a faculdade que quer cursar, o 2° seria convidado a escolher curso e faculdade, assim como o 3°, 4°,...? Desse jeito, os não tão bem classificados teriam maiores opções de entrar numa Faculdade Pública e/ou fazer um curso de interesse sem passar pelo funil do vestibular.

Fui chamado de visionário.

Eis que o tempo me fez justiça!

Hoje, o MEC sinalizou com um Projeto enviado para as Universidades Federais propondo uma melhora no ENEM e que este sirva como prova única para o ingresso dos alunos, podendo, a critério de cada Instituição, elaborar uma segunda etapa com os alunos aplicando exames mais práticos e voltados para o curso escolhido.

Claro que mais que uma lista única, o Projeto passa pela melhora na qualidade a aumento na quantidade de questões do ENEM, mas sinaliza que o as questões serão mais interpretativas e menos decorebas, como há anos ocorre e tanto massacra o Ensino Médio nacional, uma vez que a avalanche de conteúdos impede aprofundamento em questões significativas, espremendo alunos com uma enxurrada de fórmulas, nomes e datas.

Um aluno melhor preparado para entender e não decorar, é o que espera essa proposta.
Seria algo semelhante ao SAT americano, uma espécie de prova que os alunos prestam e carregam esta nota para tentar entrar na faculdade, que além da nota, exige outras aptidões do aluno, seja artística, esportiva, cultural, social etc... de acordo com cada Universidade, tudo devidamente comprovado por meio de carta de apresentação. O que cá pra nós, é muito subjetivo.

Resumindo: os alunos americanos entram na faculdade por meio da nota do SAT + análise de currículo.

Se bem implantado, esse nosso SAT tupiniquim promete boas melhoras na firma de ingresso de alunos na Faculdade, sem contudo deixar de ser meritocrático.

Mas claro, não pode ser obrigado, e sim sugerido às Universidades que têm autonomia para escolher a forma de ingresso; sejam elas Federais, Estaduais ou Particulares. Para vingar, ou pelo menos ver se dará certo, é necessário ADESÃO; e é aí que "o bicho pega".

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