quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A Boate Azul fechou as portas.


Faleceu na manhã de ontem o compositor de um dos maiores hinos da boemia sertaneja: Boate Azul.

Benedito Serviéro talvez seja um nome que você nunca tenha ouvido falar, mas algumas de suas músicas certamente precedem o homem por detrás da canção: Boate azul, Som de Cristal, Espuma da Cerveja.

Em comum, a "dor do amor", que geralmente "com outro que a gente cura", sempre regado a muita bebida em ambiente noturno, frequentado pelos notívagos sertanejos em busca de esquecer as mágoas afogando-as no copo.

O compositor morreu deixando mais de 1000 músicas gravadas por mais diversos artistas e a música mais famosa certamente com mais de 1000 regravações, foi imortalizada com a dupla Joaquim e Manuel (vide vídeo abaixo).

Não há um único cantor sertanejo, uma única dupla neste país que não tenha em show, ou estúdio, cantado a Boate Azul.

O próprio compositor explicou como nasceu a canção:


Tomaz, já falecido, foi autor da melodia. A música já teve umas mil regravações, inclusive fora do Brasil. Fiz a letra, que procura descrever bem o lugar – e o clima do lugar”, contou Seviéro ao JC em janeiro de 2013. 

Foi uma boate de Apucarana-PR que inspirou. Chamava ‘Boate Noite Azul’. Fomos fazer show com Tibagi e Miltinho. Naquela madrugada, morreu papa João 23 [3/6/1963] e não teve o show. Aqueles bêbados ficavam na porta da boate. Aquilo tudo ajudou a conduzir a letra”, disse na época.

 Boate Azul” enfrentou problemas com a censura e só foi liberada para valer em 1980 com a dupla Joaquim e Manoel. “Ninguém imaginava que iria ter tanto sucesso”.


Com sua morte, a Boate fecha suas portas e nunca saberemos o nome daquela mulher, a flor da noite na Boate Azul.




 

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