segunda-feira, 24 de junho de 2019

O novo velho sertanejo. [Há 10 anos]

Eu filosofava sobre música sertaneja, há 10 anos atrás.

O novo velho sertanejo.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades
". (Luís de Camões).

Camões estava certo.

Eis que, iniciando a criação de um CD, a ser ouvido num churrasco, notei a quantidade de artistas que regravaram músicas do Trio Parada Dura nos últimos 2 anos. Édson e Hudson, Victor e Léo, João Bosco e Vinícius, Jorge e Matheus,...

Então filosofei...

Fosse, este churrasco, realizado há 4 anos atrás, por exemplo, e eu levasse as mesmas músicas na voz do Trio, certamente este professor seria alvo de gozações por parte dos alunos; mas hoje, depois de estourar na voz de grandes artistas do pop sertanejo, tais músicas certamente estarão entre as melhores da seleção.

Seja na voz do jovens artistas ou mesmo nas vozes do Trio formado por Barrerito, Mangabinha e Creone, que levarei para que eles conheçam melhor o sertanejo na sua mais pura essência.

Afinal de contas, quem poderia imaginar que um dia "Blusa Vermelha", "Avião das 9", "Espinho na cama", "Luz da minha vida" e até (pasmem!!!) a, hoje politicamente incorreta, "Arapuca", seriam tocadas e cantadas por jovens em Festas de Peão, Bailes Sertanejos e Churrascos escolares?

O que me leva a outra digressão filosófica:

Será que a música sertaneja perdeu tanto assim a sua capacidade de renovar-se que necessita desta overdose de mais do mesmo?

Mas isso fica como discussão para outra ocasião.

Preciso terminar o CD.

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