segunda-feira, 23 de abril de 2012

Prezados leitores e prezadas leitoras.

Dilma Roussef pediu para ser chamada de Presidenta, e não Presidente.
Os movimentos sociais de defesa dos direitos das mulheres foram ouvidos e, pouco a pouco, suas deliberações são postas em prática.
Exige-se dos cerimoniais, a distinção de gêneros em eventos públicos.
O tradicional "Boa noite a todos", tornou-se: "Boa noite a todos e a todas".
Não existe Lei regulamentando, mas um acordo tácito de que, ao distinguir os gêneros, estaríamos valorizando o gênero oprimido, no caso o feminino, ao usar o gênero masculino quando falar no plural.
Existem alunos e alunas, e o plural masculino existente na frase "Eu gosto dos meus alunos", seria discriminação. Segundo os movimentos sociais.
A própria Presidenta, em seus discursos diferencia os gêneros. Certa vez, ao falar às crianças, dirigiu-se como "Brasileirinhos e Brasileirinhas". Uma forma bem carinhosa é verdade, mas que me preocupa alguns exageros.
Por exemplo a palavra "jovem". Terei de dizer "as jovens" e "os jovens" para diferenciar?
E "estudantes"? Direi: estudantes e estudantas???
Não bastassem essas convenções protocolares, foi aprovada uma Lei no Congresso promovendo a flexão de gênero em algumas profissões.
A Lei n° 12.605, de 3 de abril de 2012, "determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau de diploma".
Leia a lei na íntegra, clicando aqui.
E mais: as faculdades terão de emitir novos diplomas.
Se você é mulher e cursou Psicologia, poderá procurar a faculdade para substituir seu diploma, pois deverá constar que você formou-se Psicóloga.
O mesmo para Médica, Dentista, Advogada,...
Não sei onde isso vai parar, mas nas aulas de literatura eu chamo Cecília Meireles de poeta, e não poetisa.
Mas assim como eu gosto muito dos meus alunos e das minhas alunas, o politicamente correto vai me obrigar a dizer "Poetisa".


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