domingo, 22 de abril de 2012

Nos palanques da vida.

Assistindo às movimentações (de idas e vindas) dos partidos acerca da CPI do Cachoeira, me ocorreu que nos 4 anos em que fui Vereador, não passei pela experiência (dissabor?) de votar numa CPI na Câmara dos Vereadores.
Buscando na memória mais ou menos recente, já se vão 10 anos, recordo que houve 2 ou 3 momentos em que a abertura de uma CPI para investigar atos do Executivo.
O problema é que CPI em cidade pequena é o seguinte: Não basta ferir, tem de matar. Metaforicamente, que fique bem claro.
O temor é que abrir uma CPI, e após as invetigações os vereadores optem por votar partidariamente e não pela análise dos fatos, absolvendo o Prefeito, resultaria em efeito contrário. O Prefeito absolvido usaria sua absolvição como um troféu, explicando aos eleitores que fora investigado e nada fora provado.
Seria usado como um atestado de idoneidade, ainda que não a houvesse e que só escapara, graças ao fisiologismo político.
Fora as testemunhas, que na hora "H", temerosas por represálias, nem sempre mantém suas palavras iniciais.
Infelizmente, esses são os caminhos da política em cidade pequena.
Buscando mais ainda na memória, recordo apenas de uma CPI realizada pela Câmara, salvo engano, no ano de 1999.
Mas essa é outra história.

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