Mais um caso que, fosse hoje, eu manteria as críticas, porém com cores mais suaves.
Fui muito incisivo na época e não contemplei o problema na sua plenitude.
Fosse hoje, escreveria bem diferente.
Segue o texto.
Pelo fim do absenteísmo.
Deu na Folha de anteontem: “Conselho limita docentes temporários a 10% na rede pública de ensino”.
O
“Conselho” a que o jornal se refere, é o Conselho Nacional de Educação,
órgão colegiado e normativo ligado diretamente ao MEC, e quem determina
discute e legisla sobre grande parte das mudanças na Educação
Brasileira.
Tal
medida, visa conter o grande número de faltas desnecessárias de
professores, o que para muitos pesquisadores em Educação, é um dos
principais vilões da má qualidade do ensino público brasileiro.
O que eu concordo.
Mas penso que não basta só isso para conter o absenteísmo.
Seria
necessário antes de tudo, acabar com a “indústria” dos atestados
médicos. A coisa mais fácil para um professor que se ausentou porque
quis de um dia de suas atividades, é pegar um atestado médico e assim,
não perder aquele dia.
Minha experiência no Departamento de Educação me deixou isso claro.
O
que sempre achei uma injustiça, afinal a pessoa ganha um dia todo de
serviço só porque passou duas ou 3 horas do seu dia no médico? Por que
não marcar a consulta para um período em que não tenha aula? (no caso de
professores que tenham aula em 1 único período ou jornada que dê tal
compatibilidade).
Ou
será que as centenas de atestados que assinei na época foram todos eles
casos de urgência onde o professor não pode se agendar? (Era
recomendado que eu não indeferisse atestado, ainda que soubesse que era
mentira).
Eu
sempre me perguntei se fosse uma empresa particular onde o funcionário
pudesse ser demitido será que haveria tamanha ausência?
Penso que a legislação deveria proteger a qualidade do serviço público.
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