quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Em um ano de tantas perdas, que não percamos a Esperança.

 Nesse 2020 todos perdemos alguém.

Um familiar, um parente, um amigo, um conhecido, ou no mínimo, uma personalidade do país que admirávamos.

Nenhum de nós ficou sem uma perda nesse ano de Pandemia.

E isso une todo um país. Pena que essa união seja em torno de uma tragédia, não em torno de uma alegria.

Mas o que não podemos perder nesse Ano Novo que se inicia é a Esperança.

Esperança de dias melhores, Esperança de nos mantermos fortes para cuidar daqueles que estão ao nosso redor, Esperança de uma vacina, Esperança de buscarmos forças, cada qual à sua maneira, para nos mantermos vivos e unidos para, enfim, quando a Esperança chegar, possamos usufruir dos dias melhores que tanto desejamos.

Talvez 2021 seja isso, o ano do renascer da Esperança, aquela chama que pode até ficar pequenininha, mas que nunca se apaga.

Assim como os âncoras do JN nunca dizem "Boa Noite" nos dias em que notícias tristes encerram o Jornal, este Blog não vai desejar Boas Festas a vocês.

Vai desejar o renascer da Esperança nos corações de todos nós, que certamente perdemos alguém nesse triste ano de 2020.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Pequeno Dicionário Orandiano 2020.

Álcool gel.

BBB 20.

Construção.

Corona.

Defesa.

Gael.

Liv. 

Maranduba.

Máscara.

Netflix. 

Novela.

Quarentena.

Tese.

Ultrassom.

Zói da Borracharia.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Diário de um Pai Fresco: Desejos.

Mal começa a gestação e com ela vem os famosos desejos.

Sim caro leitor, os desejos começam com a notícia da gravidez e só termina no parto.

E nós, pobres pais, somos os responsáveis pela realização desses desejos nas horas mais difíceis, seja debaixo da ordem severa da grávida, que nunca deve ser contrariada, seja sob a chantagem de que a criança pode nascer com a cara do desejo não realizado.

Para evitar que a criança nasça com cara de jiló, por exemplo, providenciamos esse legume sem questionar o desejo.

Eu, evidentemente, estou vivendo esse flagelo.

Estamos em dezembro, as frutas dessa época são ameixa, cereja, lichia e nectarina, mas você acha que a Tau pediu alguma dessas?

Jamais!!!

Penso que ela vai deixar para pedir lichia ou cereja lá pelo mês de abril, na reta final da gravidez, quando as frutas da época serão caqui, jaca e kiwi.

Falo por experiência própria pois assim que terminou a época de jabuticaba, tive que rodar a cidade procurando algum pé temporão da fruta.

Tenho comigo que desejo é pura maldade da grávida, uma espécie de "vender caro a gravidez", pois já que são elas que ficam com a parte mais difícil da gravidez, acabam nos fazendo passar por isso para ver algum sofrimento da nossa parte.

Nada explica o fato de, ao chegar em casa com um saco de jabuticaba, após ter procurado na cidade e só encontrado numa casa vazia, que tive que pular o muro e correr de cachorro, a Tau comer 3 jabuticabinhas e falar: Enjoei.

Na minha cabeça, as mulheres grávidas devem ficar com uma raiva quando vê que o pai da criança conseguiu atender o desejo que ela julgava impossível então de pirraça, perde a vontade. 

Isso quando não vem desejo específico: eu quero chupar caju do sítio Boa Sorte. Aí não basta apenas achar a fruta, tem de ser do local indicado.

Mas o que me assusta mais que o desejo por frutas fora de época, são as combinações.

Ainda não teve nenhuma combinação do tipo: Mortadela com leite ninho, melancia com catchup, jaca com doce de leite ou rocambole com garapa (aliás um bom nome para uma banda de forró), mas estou me preparando.

Desejo específico mesmo, daqueles que vem do nada, rolou apenas um: a maionese da minha mãe.

Fácil de atender, telefonei para minha mãe para pedir que fizesse a tal maionese e ouço dela que estava justamente fazendo naquele momento.

Coincidência?

Acho que não.

Essa raça é muito unida, deve rolar uma transferência de pensamento entre elas, deve existir um grupo de whats em pensamento que une as mulheres do mundo todo, seja para trocar informações sobre desejos de grávidas, seja para começar uma revolução.

Pelo sim, pelo não, vamos atender seus desejos de grávidas, antes que a revolução comece.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O que o Blogueiro deseja a vocês?

A EPTV produziu esse vídeo há 20 anos atrás.

Aqui tem tudo o que o Blogueiro deseja a você e à sua família.

Um Feliz Natal a todos e a todas.



sábado, 19 de dezembro de 2020

Diário de um Pai Fresco: A Revelação.

Existe um rito de passagem aos pais da 2ª década do século XXI chamado Chá Revelação.

Trata-se de um evento social em que se convida parentes e amigos para, junto aos pais, descobrirem finalmente qual é o sexo do tão aguardado bebê.

Usa-se nesses eventos as cores rosa e azul para revelar a todos o sexo da criança.

O problema é como essas cores são apresentadas aos convidados.

Já vi revelações de todo tipo: balões estourando com laminado rosa ou azul dentro, avião jogando água tingida com cores, e claro, o Alok, cuja forma como usou para revelar serviu apenas para humilhar quem quisesse fazer revelação diferente.

Se não viu, clique aqui.

A forma tradicional é o bolo, onde se coloca dentro dele a revelação sobre o sexo do bebê.

Pois a Tauani preferiu ser clássica, escolheu o bolo (ainda bem, porque eu não sou o Alok), mas ao invés do glacê rosa e azul como tradicionalmente se faz, ela recortou coraçõezinhos de plástico azul e rosa, amarrados a uma linha de pesca.

Na ideia dela, iria puxar a linha e os coraçõezinhos iam se intercalando em azul rosa até que, no final da linha, uma sequência de coraçõezinhos da mesma cor indicaria se seríamos pai da Liv ou do Gael.

Criativo.

Porém...

Ao puxar o cordão, vimos que não tinha a sequência.

"A boleira errou", pensamos todos.

Mas nada disso.

Um ardil foi feito e a revelação estava dentro de um balão, com laminados coloridos.

A boleira passou o resultado para uma decoradora que organizou o balão que foi levado até nós para ser estourado.

Estourado o balão, confesso que fechei os olhos na hora e, num relance, vi laminados azuis.

Beijei e abracei a Tau e, ainda de olhos fechados perguntei: É menino?

Ela fez o gesto com a cabeça que sim.

Éramos pai do Gael.

sábado, 12 de dezembro de 2020

Diário de um Pai Fresco: O Ultrassom do sexo.

Dentre todos os ultrassons que um pai acompanha, o mais aguardado é o que revela o sexo da criança.

Não que o sexo tenha importância, pois a alegria de ser pai de menina ou menino é rigorosamente a mesma.

Mas a gente que saber para já ir adiantando e comprando roupas e acessórios, mandando fazer decoração já com o nome da criança e, no meu caso, para parar de conversar com o bebê chamando ele de "nenezinho".

Sim, eu converso com a barriga da Tauani na esperança de que a criança esteja ouvindo e, dizem os especialistas, elas ouvem.

Assim, minhas piadas divertidas, meu gosto musical e os jogos do Corinthians já se fizeram ouvidos há algum tempo.

Na minha ilusão, o médico revelaria e sairíamos felizes do consultório.

Ledo engano.

A namorada disse a ele que não queria saber o sexo, para espanto do médico e espanto maior do pai da criança.

Era para o doutor escrever em um papelzinho e colocar dentro de um envelope que ela havia levado.

Tudo era parte de um plano maior que consistia em levar a informação para uma boleira, que faria o bolo que seria usado em um tal de chá revelação, quando então, todos saberíamos o sexo.

Não teve Cristo que fizesse essa mulher deixar essa ideia de lado.

Era tão mais prático o Médico revelar para nós, ali mesmo. Mas não, queria o tal chá e pronto.

Aceitei, sob protestos. Pois nessas coisas o pai nem dá pitaco, quem manda é a mãe.

Deu-se início a uma verdadeira operação de guerra para descobrir o segredo do sexo da criança.

Tentei olhar o Ultrassom no momento em que o Doutro fazia o exame, com a Tau reclamando que eu estava olhando a tela.

Como se a gente conseguisse entender aquelas imagens.

Pensei ter visto um saquinho, então deduzi que era menino, mas soube mais tarde que, o que eu imaginava ser um saco, era o pé da criança.

Tentei pegar o papelzinho que a Tau inocentemente colocou na bolsa. Bolsa essa que ela deixou comigo enquanto mostrava o ultrassom ao ginecologista.

Olhares repressores de outras mulheres na sala de espera do consultório enquanto eu revirava a bolsa não me esmoreceu do meu objetivo.

Pensei em explicar do que se tratava, mas lembrei que estava em meio a grávidas e poderia ser linchado se soubessem que procurava o papel do médico contendo o sexo do meu filho.

Não tive sucesso. Ela me contou que havia colocado em um compartimento secreto da bolsa.

O papel chegou às mãos da boleira. No dia seguinte a procurei "despretensiosamente" querendo encomendar um bolo e assim tentar ver o recheio do bolo da revelação. Também sem sucesso, pois já havia sido advertida sobre minha tentativa.

O papelzinho foi parar nas mãos de uma pessoa que a Tau havia encomendado umas lembrancinhas para dar às madrinhas.

Pensei em invadir a casa dela e roubar o papel. Desisti, melhor esperar para pegar as lembrancinhas e abri-las.

Assim que buscamos as lembrancinhas, esperei um descuido da Tau para tentar abrir. Mas o laço que foi feito no embrulho eu não conseguiria refazer, todos saberiam que foi aberto.

O jeito foi esperar 3 longos dias.

Na véspera da revelação, tendo os meus planos fracassados, comecei a pensar nas pessoas que souberam antes de mim: o médico, a boleira, a ajudante da boleira, a decoradora que fez a caixinha com lembrancinhas para as madrinhas.

E eu nada!

Não é justo!!!!! 

Meu medo era que o médico escrevesse menino ou menina e que a caligrafia dele não desse para identificar.

Mas além de boa caligrafia, ele escreveu "sexo masculino".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

4 anos de gestação.

Ok, comparar uma Tese a um filho é um enorme exagero.

Mas, ao terminar de escrever o trabalho que começou há 4 anos atrás, quando decidi fazer Doutorado, não dá pra não se ter a sensação de que, nesse período, fui responsável pela gestação de uma pesquisa.

A orientadora, era a médica que acompanhava a gestação. E as orientações eram os pré natais.

A qualificação foi o mais importante ultrassom.

Abaixo, o ultrassom morfológico que estou enviando para a banca da defesa, ou seriam a equipe médica?

A defesa será o parto?

Resta saber se será cesariana ou natural.

Ano que vem, quando nascer, eu conto para vocês.






sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Diário de um pai fresco: O nome.

Passado o susto da gravidez inesperada, mas desejada, vem uma das partes mais complicadas na vida de um casal de pais de primeira viagem: a escolha do nome.

Claro que após algum tempo de namoro sempre surgem sugestões de nomes no casal, seja nas conversas sobre assunto de filhos futuros, seja nas conversas moles de casal apaixonado que sonha uma vida além dos dois.

E foi assim que descobri que a Tauani preferia nomes mais simples como Luiz, Miguel, Francisco e Joaquim.

Vi que minha missão seria difícil, convencê-la que havia opções melhores de nomes.

Não que fossem nomes feios, pelo contrário, os nomes sugeridos eram bonitos. Mas eu entendo que nome deve ser uma homenagem que fazemos a alguém que admiramos.

Dessa forma, quase deu separação quando propus como nome, Belchior e Sócrates.

Na minha vã ingenuidade, quando eu lhe mostrasse as músicas do Belchior, a quem homenagearia se tivesse um filho, ela começaria a chorar copiosamente e diria com a voz embargada: Nosso filho vai ter esse nome!!!!

Não foi o que aconteceu.

Com Sócrates ela nem abriu margem a negociações:

- Não quero nome de filósofo grego em filho nosso.

Nem explicando que a homenagem era ao jogador de futebol e médico, Dr Sócrates do Corinthians e não ao filósofo, consegui demovê-la da ideia de não aceitar esse nome.

Então ela me pediu uma lista de nomes para que ela, com poder de veto, para ajudar na empreitada.

De cara eliminou nomes masculinos como Andrew e Forrest, por achar americano demais.

Tom e Amyr também não gostou.

Caetano ela até gostou, mais deixou de stand by.

Orandes ela ama de paixão, mas desde que fosse Neto, e eu não queria Neto.

Nada contra, mas preferia Orandes Carlos da Rocha III, já pensaram? Continuo exclusivo na cidade.

Até que um nome foi consenso: Gael.

Nome de menina foi mais complicado.

Na discussão para escolher nome de menina tive de ouvir:

- Já tem uma com esse nome na família.

- Nossa, esse é nome de menina enjoada.

- Tinha uma colega de sala com esse nome que eu odiava.

- Você já beijou alguém com esse nome? Se eu descobrir que nossa filha tem nome de ex peguete sua, eu te mato!

Novamente fiz uma lista, com poder de veto da parte da mãe da criança.

Nomes como Bela e Linda estavam na lista, mas eu mesmo excluí. Se a menina puxar para a mãe, tudo bem os nomes farão sentido, mas já pensou se puxa pro pai?

- Seu nome?

- Linda.

- 🤭

Novamente encontrei resistência aos nomes americanos como Alícia, indígenas como Raíra e homenagens como Marina.

Até que um nome que eu sempre falei e ela sempre gostou foi unanimidade: Liv.

Assim mesmo, sem a letra "i", sem a letra "e" (todos chamariam de laive, ainda mais que foi gerada em.plena pandemia) e sem a letra "y".

E assim ficou Liv e Gael.

Afinal somos Orandes e Tauani, se nossos filhos tivessem nomes fáceis não combinaria com a gente.

Fico imaginando daqui a alguns anos, na escola, primeiro dia de aula:

- Liv/Gael.

- Presente, professora.

- Você é filha(o) do Orandes e da Tauani?

OBS: Escrevi esse texto antes de saber o sexo da criança.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Confirmada a futura Secretária da Educação em Ipuã

A notícia já não é novidade para muita gente: Michele Zanutim será a próxima Secretária de Educação e Cultura no Município de Ipuã.

Professora de Língua Portuguesa na rede municipal de ensino de Ipuã e de uma escola particular na cidade, a Profª Michele, que já havia sido convidada para o cargo em outra oportunidade e achou na época mais prudente declinar do convite (no que fez muito bem) e agora, novamente convidada optou por aceitar o convite.

Sou suspeito em comentar a escolha por ter com ela uma relação de amizade de décadas.

Mas que se dane minha suspeição!

É uma excelente escolha. Capacidade e honestidade não lhe faltam para desempenhar essa função com a mesma competência que desempenha sua carreira de professora.

Os desafios são muitos. De quebra 3 para ela pensar: A transição das aulas do modelo remoto para o presencial, que desejamos que ocorra ao longo 1º bimestre; a adequação do currículo escolar à BNCC; e a elaboração do Plano de Carreira dos Professores.

Mas a capacidade e a vontade se superá-los são muito maiores.

Parabéns pela indicação e sucesso à Nova Secretária.